sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Miguel de Nicolelis

Ontem assisti a uma palestra no neurocientista Miguel de Nicolelis, que foi considerado um dos 20 maiores cientistas do mundo no começo da década passada, segundo a revista "Scientific American".


A palestra tinha o intuito também de lançar seu livro: "Muito Além do Nosso Eu".


Há anos venho acompanhando notícias sobre o seu trabalho. Na verdade, deveria já ter lido alguns de seus artigos científicos, já que, desde que descobri o que faz, sonho em trabalhar com ele. Tentando me desculpar comigo mesmo pela displicência, me defendo afirmando que sempre me achei muito distante da ciência tão profunda que ele faz.

Por outro lado, como não sou muito apegado a meus limites, fico imaginando como poderia contribuir com uma pesquisa tão interessante. Sempre quis trabalhar com próteses robóticas. As descobertas que o grupo de Nicolelis têm feito aproximam a humanidade de várias realizações envolvendo a obtenção de informações do cérebro. Uma delas pode ser a criação de próteses controladas diretamente pelo pensamento!

Pera aí! Deixa eu dar uma ideia: meu amigo, assistir ao vídeo que ele passou na palestra, onde uma macaquinha CONTROLA UM BRAÇO ROBÓTICO APENAS COM O PENSAMENTO, isso mesmo, APENAS COM O PENSAMENTO, é demais! Foi exatamente essa descoberta que me encantou há tempos, mas ver o vídeo foi emocionante. O mais chocante foi que o cérebro da primata aprendeu a reconhecer o novo membro, tornando-a capaz de CONTROLÁ-LO INDEPENDENTEMENTE DE SEUS BRAÇOS E PERNAS!

Acho que o pessoal na palestra concordou comigo, pois ao final, quando ele mencionou seu já anunciado plano de que, em 2014, na abertura da copa, uma criança que não possa andar dê o ponta-pé inicial do evento, usando um exoesqueleto, que já está em construção num instituto em Munique, Alemanha, conveniado ao projeto, todos se levantaram para aplaudir longamente.

Claro que teve sessão de autógrafos. Quando chegou minha vez, queria dizer um monte de coisas. Queria dizer que sonhava com aquilo, que queria participar também. Mas, bestão, só disse meu nome, para que pudesse saber a quem dedicar a cópia do livro que lhe apresentava... Também, ia dizer o quê? Olha, sou aluno de doutorado; acho sua pesquisa muito interessante, apaixonante mesmo, e quero participar dela. Com certeza ele seria educado e diria que não é impossível, mas se tivessem eletrodos de 1,5 mm conectados a seu córtex cerebral naquele momento, e se já fosse possível reconstruir as imagens dos pensamentos com os sinais assim recolhidos (e se a UnB tivesse uma estrutura minimamente decente no auditório*), poderia-se projetar a imagem dos ZILHÕES de e-mails e de pessoas que disseram a mesma coisa! ;)

Mas, há esperança. O instituto de neurociências que ele fundou, IINN - Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra, vai abrir seleção pública para pós-doutorado, provavelmente no ano que vem. Com certeza vou me inscrever. Só espero que minha pesquisa atual dê certo e consiga fechar o doutorado...

* Fico impressionado com a falta de planejamento mínimo para a presença de uma pessoa tão importante. O som deu problema; só havia um microfone sem fio; houve um pico de microfonia quando o foi utilizar; pediram para que falasse mais distante do captador, só que, depois, solicitaram que falasse mais perto pois a UnB TV estava gravando e o áudio não estava bom. Mas o pior foi que a pessoa o interrompeu no ápice de uma história, cortando seu raciocínio e toda a emoção que causaria. A reação do prof. foi apropriada: "(...) bem, vamos lá, isso é Brasil!"**


** Só para constar: apesar da frase "isso é Brasil" poder sugerir que o Nicolelis despreza o nosso país, a verdade é exatamente o contrário. O trabalho que tem feito em Natal e o ufanismo com que fala de nossa nação a todo momento são provas suficientes de que é um grande patriota. O fato de desenvolver sua pesquisa originalmente em outro país só mostra o quanto o Brasil tem que amadurecer para dar condições para que seus pesquisadores produzam com excelência dentro do país.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

The Green Screen Show

São 0h30 de quinta-feira. Eu já devia estar dormindo há muito tempo, mas estou aqui vendo vídeos no Youtube. Não sei se vocês conhecem o show "Whose Line is It Anyway". É um show de improvisação que vi pela primeira vez na TV. Assistindo aos vídeos no Youtube, acabei encontrando uma evolução deste programa, o Green Screen Show. Achei muito interessante. Pena que não existem muitos episódios. Os caras fazem improvisações em um palco com fundo verde. Depois da gravação do programa, os vídeos são entregues para animadores que tratam de criar todo um ambiente de acordo com a encenação. É difícil escolher o melhor, mas gosto muito do trecho abaixo, principalmente do duelo com macacos cansados!



Outro que é bem legal é o que apresento a seguir. Neste, dois membros da plateia são convidados para fazer os efeitos sonoros de acordo com a cena. Hilário! A animação é demais também!


Agora que já "desestressei", vou tentar dormir. :)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Deuteranomalia

A Deuteranomalia é causada por uma mudança nos receptores para luz verde da retina. É o tipo mais comum de deficiência de visão de cores, levemente afetando a discriminação de matizes de vermelho e verde em 5% dos homens. É hereditária e ligada ao sexo. Color blindness (Daltonismo)


Retirei o texto acima da Wikipédia. O link anterior direciona para a página em inglês sobre Daltonismo ("Color blindness"). O tema é muito interessante, pelo menos para quem, como eu, tem dessa deficiência.

O objetivo deste espaço é registrar impressões sobre os acontecimentos da vida ou sobre a existência em si mesma. Cada pessoa tem uma visão do que a cerca; nada mais justo que esclarecer aos possíveis frequentadores que a ótica do que aqui é apresentado está deturpada pela limitada capacidade de enxergar de quem faz os registros.

Já a razão de tentar fazer um blog não é tão clara. Penso que todos que, como eu, tem uma conta no Twitter, no Facebook ou mesmo no "Faroeste Azul-Bebê"(1) que é o Orkut, sente uma necessidade de ser notado, percebido pelos outros, admirado até. Apesar de reconhecer em mim esses sentimentos que considero desvios, de maior ou menor importância, gostaria de trazer coisas que ache interessantes, na esperança de que outros também gostem, seja material copiado da Internet, contribuindo para aumentar a entropia do ambiente, ou, sempre que possível, material original, contribuindo para o seu crescimento.

(1) Vi  essa descrição do Orkut em algum lugar que não me lembro. Talvez tenha sido na revista Superinteressante.